
Neste mês, o músico Aaron Carter faleceu nos EUA, aos 34 anos. Deixou um filho com um ano idade, fruto de um relacionamento tumultuoso. Desde setembro, o filho estava morando com a avó materna em razão de brigas do casal. Ao que parece, Aaron não deixou testamento, apesar da forte recomendação recebida de seus advogados.
Nos EUA, cerca de 45% da população com mais de 55 anos tem um testamento. Na faixa etária de Aaron, apenas 24% dos jovens fizeram um testamento . A morte prematura nunca é esperada. Pensar sobre o tema parece acelerar algo que estaria distante.
Independentemente de crenças e receios para falar de testamento, fato é que o contexto familiar de Aaron demandava atenção.
Como um testamento poderia ter amparado o filho de Aaron?
O testamento pode contemplar diversos tipos de cláusulas. No caso de Aaron, a proteção ao seu filho certamente seria a sua principal motivação.
Aaron poderia ter definido em testamento quem deveria cuidar do patrimônio de seu filho e até qual idade essa atuação ocorreria. Além disso, Aaron poderia ter dado especial atenção ao desenvolvimento e cuidados do menor, por exemplo, nomeando pessoas com quem o filho deveria morar (ainda que sujeitas a eventual disputa pela mãe e avó materna do menor) e deixando recomendações educacionais.
Acima de tudo, o testamento serve para manifestar a vontade de quem o faz. E essa é uma das últimas chances que temos para sermos “ouvidos” (em realidade, lidos) sobre nossos desejos após a morte.
Inexistindo testamento, resta à Corte norte-americana definir o destino da herança de Aaron Carter e resguardar os interesses de seu filho. Os holofotes da imprensa para o caso servem de alerta sobre a importância do testamento e os entraves que a inexistência desse instrumento podem provocar na sucessão.
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